MARIA SOB
O TÍTULO DE IMACULADA CONCEIÇÃO
Já no
princípio, quando nossos primeiros pais romperam com Deus pela soberba e
desobediência, lançando toda a humanidade nas trevas, Deus misericordiosamente
prometeu a salvação por meio de uma “Mulher”.
“Porei
ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a
cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3, 15).
Se foi
por meio de uma mulher (Eva) que a serpente infernal conseguiu fazer penetrar
seu veneno mortal na humanidade, também seria por meio de outra mulher (Maria,
a nova Eva) que Deus traria o remédio da salvação.

Para isso
foi preciso que Deus preparasse uma nova Mulher, uma nova Virgem, uma nova Eva,
que fosse isenta do pecado original, que pudesse trazer em seu seio virginal o
autor da salvação; que pudesse “enganar” a serpente maligna, da mesma forma que
esta enganara Eva.
O pecado
original, por ser dos primeiros pais, passa por herança, por hereditariedade, a
todos os filhos, e os faz escravos do pecado, do demônio e da morte.
Esta
verdade, reconhecida pela Igreja de Cristo, é muito antiga. Muitos padres e
doutores da Igreja oriental, ao exaltarem a grandeza de Maria, Mãe de Deus,
usavam expressões como: cheia de graça, lírio da inocência, mais pura que os
anjos.
A Igreja
ocidental, que sempre muito amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa
dificuldade para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Em 1304, o
Papa Bento XI reuniu na Universidade de Paris uma assembleia dos doutores mais
eminentes em Teologia, para terminar as questões de escola sobre a Imaculada
Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a
dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus preservasse Maria
do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser mãe do seu
Filho. Isso é possível para a Onipotência de Deus, portanto, o Senhor, de fato,
a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo.

No dia 8
de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a
Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: “Maria isenta do pecado original”.
A própria
Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a definição
dogmática e a fé do povo dizendo para Santa Bernadette e para todos nós: “Eu
Sou a Imaculada Conceição”.
Nossa
Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!
Oração a Imaculada
Conceição de Maria
“Virgem Santíssima, que fostes
concebida sem o pecado original e por isto merecestes o título de Nossa Senhora
da Imaculada Conceição e por terdes evitado todos os outros pecados, o Anjo
Gabriel vos saudou com as belas palavras: Ave Maria, cheia de graça; nós vos
pedimos que nos alcanceis do vosso divino Filho o auxílio necessário para
vencermos as tentações e evitarmos os pecados e, já que vós chamamos de Mãe,
atendei-nos com carinho maternal e ajudai-nos a viver como dignos filhos
vossos. Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós. Amém”.